sábado, 26 de janeiro de 2013

Resumo do I Simpósio Relações entre Ciência e Políticas Públicas: Propostas de Bertha Becker para o Desenvolvimento da Amazônia

No dia 16 de janeiro de 2013 ocorreu o “I Simpósio Relações Entre Ciência E Política Públicas: Propostas De Bertha Becker para o Desenvolvimento da Amazônia”, na sede do BNDES, na cidade do Rio de Janeiro.
A mesa de abertura do evento foi composta por Luciano Coutinho - Presidente do BNDES; Carlos Minc - Secretário do Ambiente do Estado do Rio de Janeiro, Ima Vieira - Pesquisadora do MPEG e coordenadora do I Simpósio e pela própria Bertha Becker – Professora Emérita da UFRJ.
O evento foi iniciado com as palavras do Presidente do BNDES, Luciano Coutinho, que descreveu a Amazônia como uma macrorregião vasta de desafios e que nesse contexto, as obras de Bertha Becker são de grande relevância para a compreensão da questão amazônica.
Em seguida Ima Vieira falou sobre o surgimento da ideia do Simpósio, o qual foi idealizado ao lado de Bertha, e sobre a importância dos estudos da professora para a região amazônica. A pesquisadora também discorreu sobre sua amizade e imenso carinho pela pesquisadora.
Carlos Minc expressou sua admiração pela pesquisadora, relembrou a importância de Bertha em momentos importantes de sua trajetória acadêmica e profissional. Disse considera-la a maior especialista da Amazônia em todo o mundo. Lembrou a personalidade de Bertha, seu bom humor, sua personalidade instigante e sua paixão pelo trabalho de campo e titulou o “pique” de Bertha de “a verdadeira energia renovável”.
Bertha Becker mostrou-se feliz com evento e aproveitou a oportunidade para fazer suas colocações sobre a Amazônia alertando para o importante papel das hidrovias e aerovias para a região. Também enfatizou a necessidade da adoção do conceito de território humano para de compreensão da Amazônia.
Foi direta ao colocar que apesar de toda riqueza da região amazônica sua população ainda sofre de muitas carências, o que torna imperativo o desenvolvimento de novas oportunidades de negócios de pequena escala interligados e possibilite a renda, estudos genéticos a partir das espécies locais e o diálogo entre diferentes atores da Amazônia.
A professora destacou três pontos fundamentais para o desenvolvimento da região:
1.      Considerar a importância do planejamento ligado a política
2.      Analisar o Poder do estado, pois, com a globalização o estado não e mais a única fonte do poder e o que existe é um reescalonamento das formas de poder do estado.
3.      Considerar os conflitos de interesse para que sejam possíveis o Desenvolvimento e a Conservação.
Bertha Becker finalizou suas considerações dizendo que “Sustar o desflorestamento é imperativo, mas conservar não basta, esse dilema precisa ser superado. Produzir para conservar”.

As apresentações e debates realizados no evento serão transcritos e disponibilizados em breve.




sábado, 19 de janeiro de 2013

Reflexões sobre hidrelétricas na Amazônia: água, energia e desenvolvimento

Reflexões sobre hidrelétricas na Amazônia: água, energia e desenvolvimento 

Este é o título do mais recente trabalho de Bertha Becker.

Resumo: O ensaio discute a implantação de hidrelétricas na Amazônia a partir das relações entre consumo de água e hidroeletricidade em diferentes escalas de análise, pois, se todos os lugares do planeta são afetados por processos globais, eles não o são de modo homogêneo. À escala global, domina o discurso apocalíptico de escassez crescente da água e do aquecimento global, exigindo a redução de emissões de gases de efeito estufa mediante o uso de energias renováveis e novas tecnologias. Na escala nacional, os problemas do Brasil são, pelo contrário, como gerir a abundância de água com justiça social e territorial, e como sustar a perda de 20% da energia elétrica produzida. Finalmente, é na escala regional - na Amazônia - que emergem os maiores problemas: i) o maior paradoxo entre abundância de água e inacessibilidade social ao recurso; ii) grande parte das hidrelétricas planejadas para o país será ali construída, com risco dos graves impactos conhecidos; iii) a cogitada obrigatoriedade da construção de eclusas em todas as hidrelétricas, proposta pelo setor industrial em benefício da navegabilidade dos rios, deverá propiciar, na verdade, o escoamento de commodities produzidas na região Centro-Oeste. Coloca-se, assim, para a sociedade e para o governo, a questão ética se realmente são necessárias tantas hidrelétricas na Amazônia.

Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1981-81222012000300011&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Aberta as inscrições para o Simpósio

Aberta as inscrições para o I Simpósio Relações entre Ciência e Políticas Públicas: Propostas de Bertha Becker para o Desenvolvimento da Amazônia. As inscrições podem ser realizadas diretamente no site do BNDES (http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/bndes/bndes_pt/Institucional/Agenda_de_Eventos/).