sábado, 15 de junho de 2013

Carta do Pesquisador do INPE Dr. Giberto Câmara

Olá Ima, Bertha e colegas
Parabéns!!! Muitíssimo obrigado a todos os envolvidos neste grande esforço de reunir os trabalhos da Bertha sobre a questão urbana na Amazônia. Falar da importância da Bertha é de certa forma redundante para todos nós do GEOMA, mas acho que algumas reflexões sobre o novo trabalho são cabíveis.
A intuição e a visão de Bertha sempre foram essenciais para todo os que pesquisam a Amazônia. Bertha nunca teve dúvidas em "remar contra a corrente", especialmente porque nossa agenda de pesquisa é quase sempre definida a partir de questões cientificas legitimas, mas geradas na perspectiva dos países desenvolvidos.
Em especial, a intuição da Bertha sobre o papel essencial da questão urbana na Amazônia indica para um caminho de investigação distinto da maioria das pesquisas feitas sobre a região. Enquanto a ênfase em programas de pesquisa como o LBA é nos aspectos físicos e naturais da Amazônia, Bertha diz que a Amazônia é uma "floresta urbanizada". Ela enfatiza a necessidade de entender o papel de núcleos urbanos como Sinop, Marabá, Paragominas, Santarém e Novo Progresso para entender como as instituições se organizam na região.
Bertha ensina que como, a partir de núcleos urbanos estabelecidos a partir dos anos 1970, o desmatamento pode ser organizado como parte das cadeias produtivas do gado, soja, leite e madeira. Para entender o desmatamento da floresta, temos de entender o urbano na Amazônia.
Bertha é uma fonte permanente de inspiração para todos nós. Agradeço a ela, Ima, Nathalia, Bartholo, Peter e Tatiana por mais esta lição.
Abraços
Gilberto

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