Fui aluna da professora Bertha na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e ela acabou sendo a minha orientadora na tese de Doutorado. Posteriormente, desenvolvemos vários trabalhos em parceria, e eu posso destacar a tentativa contínua de inovar em termos de trabalho teórica da Geografia.
Bertha é uma professora absolutamente inquieta, que, apesar dos longos anos de experiência, ainda mantém como ponto central de seu legado a criatividade. Ela está sempre buscando aliar o teórico com propostas para solucionar questões práticas e cruciais para o Brasil, a exemplo da Amazônia.
Grande parte de sua obra tem como foco a questão da Amazônia, principalmente no sentido de aliar o saber conceitual com o metológico a fim de apontar soluções e encaminhamentos para a Amazônia brasileira.
Seus estudos têm ênfase na geopolítica, uma vez que a professora Bertha não consegue separar geografia e política, ela trabalha sempre com múltiplas escalas. Ainda sobre os estudos na Amazônia, talvez sejam a grande contribuição dela para a academia no âmbito nacional e internacional. Ela tem acompanhado a história contemporânea do Brasil e feito uma leitura de inserção da Amazônia pelo jogo de poder dentro e fora do País.
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